quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Memorial - Beatriz

Uma escola te ensina muito mais do que simplesmente matérias didáticas; ensina-te a conviver com as pessoas, a ter valores morais, a se comportar numa sociedade e a lidar com os problemas e as alegrias do dia-a-dia.
Durante oito anos vivi no marista experiências únicas, conheci pessoas insubstituíveis, tive momentos tristes, mas também muitos momentos felizes, aprendi muito mais do que simplesmente matemática, português e história, aprendi a VIVER, e a crescer como ser humano.
Ri das piadinhas e ratas ditas em sala de aula; vibrei a cada vitória no JIM; preocupei-me a cada véspera de prova; chorei a cada despedida de colegas e professores queridos; fiquei brava quando recebi notas não tão satisfatórias... Enfim, vivi cada momento aqui como se fosse o último.
E tenho certeza absoluta de que todos os momentos, aqui vivenciados, foram essenciais para a minha construção como aluna, futura Professional e principalmente como pessoa.
Sem dúvida AQUI bate um coração Marista!

Memorial - Tayssa

Quando eu entrei no Marista, foi tudo muito estranho, pois era um colégio novo, professores novos, colegas novos, tudo era novidade.
No decorrer do ano, eu fui me adaptando a nova vida, fazendo novas amizades, e aprendendo um pouco mais sobre a vida, sobre fazer o bem aos outros, aprendendo acima de tudo a ser feliz, aproveitar a vida, e a me dedicar mais as coisas simples da vida, sem me preocupar com os bens materiais.
Na minha vida no Marista ocorreram várias experiências maravilhosas, a primeira delas foi na 5ª série quando nós fomos para o recanto Champagnat, onde tivemos uma dinâmica muito boa, conhecemos melhor nossos amigos de turma, e nos divertimos bastante.
O ano seguinte foi um pouco ruim, pois eu me afastei das minhas amigas, e briguei feio com uma delas. Mas devido a essa discussão, eu comecei a dar mais valor nas minhas amizades, aprendi que devemos superar os desafios da vida de cabeça erguida, mas sem passar por cima dos outros.
A 7ª série foi muito boa para mim, pois foi nela que eu conheci uma das pessoas mais importantes para mim, e que até hoje faz parte da minha vida. Com ela eu aprendi o verdadeiro significado da amizade. Além disso, eu fui para o CEMADIPE, onde eu conheci a verdadeira realidade das pessoas menos favorecidas, mas, graças ao Marista, podem aprender, estudar, se tornar no futuro pessoas melhores.
O que mais me chamou atenção no CEMADIPE, foi o trabalho que os irmãos Maristas fazem lá, que além de ensinar matemática, história, e as matérias que se ensinam no colégio, eles ensinam as crianças a serem acima de tudo honestas, verdadeiras, ensinam a elas o verdadeiro sentido da vida.
Mesmo tendo vários momentos felizes no Marista, o melhor de todos eles foi esse ano, onde eu vivenciei a melhor experiência que alguém pode ter na vida: que é amar e ser amada, estar do lado de quem se ama, sentir um frio na barriga quando vê a pessoa amada, sonhar, rir por qualquer coisa, estar nas nuvens ao lado do nosso amor. Essa é a melhor experiência que qualquer pessoa pode ter.
Enfim, esses 4 anos que passei no Marista foram um dos melhores momentos da minha vida, porque eu me tornei uma pessoa melhor, cresci como ser humano, cultivei bons amigos, e momentos inesquecíveis, que sempre serão lembrados por onde eu for.
O marista foi e sempre será para mim uma grande instituição, que visa sempre o bem estar e a aprendizagem dos seu alunos. E tudo que eu aprendi com os grandes mestres educadores do Marista sempre irei levar comigo pra onde eu for.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fé e Ciência - Nos dias atuais





Como já foi percebido antes, a relação entre fé e razão não é uma apenas dos dias atuais. Desde muito tempo estas duas vem se confrontando, para saber quem na verdade está certo ou não. Hoje em dia vários cientistas tentam achar explicações para a fé, se ela na verdade é apenas uma crença, ou se ela tem realmente poderes de curar pessoas, realizar milagres, etc...

O fato é que existem pessoas que acreditam que a fé explica tudo, outros já preferem acreditar na ciência, pois ela prova tudo que afirma; porém existem aqueles que conciliam ambas na busca de respostas para suas perguntas.

Veja alguns trechos retirados do site:http://64.233.169.104/search?q=cache:hITLV_s8fS4J:www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/01/downloads/artigo_13.doc+f%C3%A9+e+raz%C3%A3o&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=4&lr=lang_pt


" O homem é um ser que, por natureza, deseja superar todas as suas capacidades. Ele procura desvendar os profundos mistérios que circundam a vida. A razão o auxilia metodicamente na descoberta desses mistérios. A fé o ampara quando não obtém respostas precisas a partir da experiência realizada. A fé e a razão, conciliadas, fazem do homem um ser realizado que pode melhorar a si e sua sociedade. "

"Não deve haver oposição entre a razão e a fé. A razão é uma obra do criador inerente ao homem e a fé é um dom que o criador lhe concede. A razão e a fé possuem seus objetos de conhecimentos específicos. A razão realiza a ciência com descobertas, nutrindo o intelecto, e a fé nutre a vida espiritual do homem. A razão conduz o homem ao conhecimento das leis naturais do cosmos, e a fé o conduz para a transcendência do sobrenatural. A razão requer provas, a fé requer aceitação. O Cristianismo, desde há muitos séculos, busca as luzes da razão para ver melhor o mistério da fé. A razão não pode caminhar sem a fé, pois, onde a razão humana não consegue com toda sua capacidade abarcar determinado mistério, a fé se infiltra como uma luz a iluminar e a orientar o homem, fornecendo respostas não compreendidas racionalmente. "

Fé e Razão - Tomás de Aquino


Tomás de Aquino viveu na época em que os conflitos entre fé e razão eram constantes.

Sua filosofia (tomismo) tinha o objetivo de defender as revelações do cristianismo através de um conjunto de argumentos convincentes. Esses argumentos eram bastantes procurados nos pensamentos aristotélicos. Dentre estes pensamentos, o que foi bastante enfatizado foi o de quanta importância tem a realidade sensorial, e , para destaca-la, ele determinou vários princípios básicos, como por exemplo:
-princípio de contradição: o ser é e não é. Não existe nada que possa ser e não ser ao mesmo tempo e sob o mesmo ponto de vista.
-princípio da substância: na existência dos seres podemos distinguir a substância ( a essência propriamente dita) e o acidente (a qualidade não-essencial, acessória do ser)
-princípio da causa eficiente: todos os seres que captamos pelos sentidos são seres contingentes, isto é, não possuem em si próprios, a causa eficiente. Portanto, para existir, o ser contingente depende de um outro ser que representa a sua causa eficiente: este outro ser é chamado de ser necessário.
-princípio da finalidade: todo ser contingente existe em função de uma finalidade, de um objetivo, de uma razão de ser. Enfim, todo ser contingente possui uma causa final.
-princípio do ato e da potência: todo ser contingente possui duas dimensões – o ato e a potência. O ato representa a existência atual do ser, aquilo que está realizado e determinado. A potência representa a capacidade real do ser, aquilo que não se realizou, mas pode realizar-se. È a passagem da potência para o ato que explica toda e qualquer mudança.

Fé e Razão - Santo Agostinho


Através da leitura de Cícero, Santo Agostinho se sentiu atraído pela filosofia.

Após aderir-se à filosofia, Agostinho foi influenciado pelo maniqueísmo, que é uma seita persa que afirmava que o universo era dominado por dois grandes princípios opostos, o bem e o mal, mantendo uma incessante luta entre si. Insatisfeito com as idéias maniqueístas, que entrou em profundo contato com o neoplatonismo a qual dizia que a verdade deveria ser buscada intelectualmente no mundo das idéias e que tinha como característica o ceticismo, cresceu em Agostinho uma profunda crise existencial e uma incessante busca pelo sentido da vida. Nesse período crítico, conheceu o Santo Ambrósio e ficou extremamente atraído por suas pregações.

Algum tempo depois, Agostinho aderiu-se ao cristianismo, defendendo a via do autoconhecimento, o caminho da interioridade, como instrumento legítimo para a busca da verdade.

Assim, a teoria agostiniana estabelece que todo conhecimento verdadeiro é o resultado de um processo de iluminação divina, que possibilita ao homem contemplar as idéias, arquétipos eternos de toda a realidade. Nesse tipo de conhecimento a própria luz divina não é vista, mas serve apenas para iluminar as idéias. Isso significa que, para Agostinho, a fé revela verdades ao homem de forma direta e intuitiva. Vem depois a razão esclarecendo aquilo que a fé já antecipou.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Violência Contra a mulher

A violência contra as mulheres é uma realidade presente na vida da maioria das mulheres, principalmente das pobres e negras. É um sério problema da saúde publica, assim como violação dos direitos humanos.

Ela se dá devido à cultura patriarcal e machista que é incorporada por toda a sociedade que oprime e violenta as mulheres. (educação diferenciada, desvalorização da mulher, desigualdade entre os gêneros etc.)

Enquanto os homens sofrem violência no espaço público e por pessoas desconhecidas, as mulheres sofrem violência no espaço privado e é praticada por pessoas as quais as mulheres mantém laços de afetividade (maridos, companheiros, noivos, namorados ou pelos ex) o que as torna mais vulneráveis a estes crimes.

Tipos de violência: física, psicológica ou moral, sexual, institucional, social.
Física – Fere a integridade física das mulheres: empurrões, socos, pontapé, atirar objetos, chutes, murros etc.
Psicológica ou moral – Destrói a auto-estima das mulheres, expresso nas injúrias, xingamentos, desvalorização a mulher, agressões verbais, revista íntima, assédio moral, humilhações em público, acusação de ter amantes, cárcere privado, proibição de fazer amizades, privação econômica, criticar, isolar, você não presta, “gorda” etc.
Sexual - Estupro, assédio sexual, que no Brasil ainda é bastante confundido com a cantada etc, ou mesmo quando os maridos ou companheiros obrigam às mulheres a terem relações sexuais quando estas não desejam (estupro conjugal) ou quando estão doentes, colocando em risco a saúde daquela mulher.
Social - Se reflete fortemente no dia-a-dia de todas as mulheres fora de suas casas, que faz com sejam discriminadas na vida pública: no trânsito, nos salários inferiores aos dos homens, pois as mulheres ganham até 60% a menos que os homens exercendo as mesmas atividades e as mulheres negras recebem metade do salário das mulheres brancas, na maior dificuldade de ingressar no mercado de trabalho e por isso são a maioria da população mais pobre do mundo (70%), pouca participação na política e no parlamento, no tratamento desumano que recebem nos serviços de saúde, dentre outras formas de discriminação.
Institucional- Se configura quando os serviços oferecidos por uma instituição e sistemas públicos são prestados em condições inadequadas resultando em danos físicos e psicológicos para a mulher (por exemplo: longas esperas para receber tratamento, intimidação, maus tratos verbais, ameaças e falta de medicamentos)

Dados de violência contra a mulher no brasil:

O Brasil é o país que mais sofre com a violência doméstica, perdendo cerca de 10,5% do seu PIB em decorrência desse grave problema;
O Brasil lidera o ranking mundial de violência contra a mulher, de acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade de Vitimologia Internacional: chega a 25% o número de mulheres no país que sofrem violência e 70% das mulheres assassinadas foram vítimas dos próprios maridos;
No Brasil, uma em cada cinco mulheres, revela ter sofrido violência praticada por um homem, que geralmente é seu companheiro, marido, namorado, noivo ou os ex;
A cada 15 segundos, uma mulher é agredida em seu próprio lar por uma pessoa com quem mantém relação de afeto;
As estatísticas disponíveis e os registros nas DEAMs , demonstram que 70% dos incidentes acontecem dentro de casa e que o agressor é o próprio marido ou companheiro;
Mais de 40% das violências resultam em lesões corporais graves decorrentes de socos, tapas, chutes, amarramentos, queimaduras, espancamentos e estrangulamentos;
As mulheres representam 70% dos pobres no mundo;
Em 2000, 1,3 milhão de mulheres morreram de Aids em todo o mundo. Quase a metade dos casos novos de infecção por HIV acontece em mulheres. Hoje, 16,4 milhões de mulheres vivem com o HIV/Aids. Nos últimos três anos, a porcentagem de mulheres infectadas com o HIV cresceu de 41% para 47%.FONTE: Unifem, 2001;
As mulheres ocupam somente 6% do parlamento brasileiro e são minoria absoluta em cargo de prestigio social, embora tenha mais escolaridade que os homens.
Causas da violência contra a mulher:
MITOS: álcool, drogas, bebida, ciúme, desemprego, doença mental (apenas 5% dos agressores têm problemas mentais).

VERDADES: O que causa a violência contra a mulher é a “cultura patriarcal de gênero” que desvaloriza a mulher e naturaliza a violência.
Porque as mulheres não rompem as relações de violêcia
ainda gostam dele;
Medo das ameaças;
Falta de qualificação profissional;
Falta de moradia;
O fato de não contarem com o apoio da família;
A vergonha de expor suas dificuldades para a família e os(as) amigos(as);
O fato de se sentirem mais respeitadas socialmente tendo um homem do lado;
Falta de uma rede de serviços de apoio;
O argumento mais forte: os filhos e filhas.
Fatores que contribuem pro aumento da violência
falta de políticas públicas;
impunidade (leis ineficazes
cultura patriarcal vigente na sociedade que naturaliza a violência
Calar-se diante da violência
Políticas publicas que combatem a violência contra a mulher:
DEAMs, casas-abrigo, centros de referência, defensorias públicas, juizados especiais para crimes contra as mulheres, serviços de saúde;
BRASIL – 15 casa-abrigos, 330 DEAMs, 04 Defensorias públicas para as mulheres no RS.
É preciso romper com a cultura machista e patriarcal que naturaliza a violência faz as mulheres silenciarem diante de tais brutalidades. A problemática da violência contra a mulher demanda ações no âmbito da saúde, segurança, educação, assistência social, habitação, etc. Devemos cobrar dos poderes público a implementação de uma rede de proteção social às mulheres vítimas de violência que inclui os postos de saúde que são a porta de entrada de caos de violência, centros de referência, casas-abrigos, defensorias públicas, DEAMs com pessoal capacitado na área de violência e direitos humanos, juizados especiais para crimes praticados contra as mulheres;

É preciso nos contrapor à falta de políticas públicas de combate à violência contra a mulher e lutar contra todas as formas de opressão a que estamos submetidas. É nosso dever enquanto cidadãs e cidadãos lutar contra a cultura na qual estamos inseridas que imprime uma educação machista e patriarcal, bem como contra todas as formas de violência contra a mulher e adolescentes.