sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fé e Ciência - Nos dias atuais





Como já foi percebido antes, a relação entre fé e razão não é uma apenas dos dias atuais. Desde muito tempo estas duas vem se confrontando, para saber quem na verdade está certo ou não. Hoje em dia vários cientistas tentam achar explicações para a fé, se ela na verdade é apenas uma crença, ou se ela tem realmente poderes de curar pessoas, realizar milagres, etc...

O fato é que existem pessoas que acreditam que a fé explica tudo, outros já preferem acreditar na ciência, pois ela prova tudo que afirma; porém existem aqueles que conciliam ambas na busca de respostas para suas perguntas.

Veja alguns trechos retirados do site:http://64.233.169.104/search?q=cache:hITLV_s8fS4J:www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/01/downloads/artigo_13.doc+f%C3%A9+e+raz%C3%A3o&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=4&lr=lang_pt


" O homem é um ser que, por natureza, deseja superar todas as suas capacidades. Ele procura desvendar os profundos mistérios que circundam a vida. A razão o auxilia metodicamente na descoberta desses mistérios. A fé o ampara quando não obtém respostas precisas a partir da experiência realizada. A fé e a razão, conciliadas, fazem do homem um ser realizado que pode melhorar a si e sua sociedade. "

"Não deve haver oposição entre a razão e a fé. A razão é uma obra do criador inerente ao homem e a fé é um dom que o criador lhe concede. A razão e a fé possuem seus objetos de conhecimentos específicos. A razão realiza a ciência com descobertas, nutrindo o intelecto, e a fé nutre a vida espiritual do homem. A razão conduz o homem ao conhecimento das leis naturais do cosmos, e a fé o conduz para a transcendência do sobrenatural. A razão requer provas, a fé requer aceitação. O Cristianismo, desde há muitos séculos, busca as luzes da razão para ver melhor o mistério da fé. A razão não pode caminhar sem a fé, pois, onde a razão humana não consegue com toda sua capacidade abarcar determinado mistério, a fé se infiltra como uma luz a iluminar e a orientar o homem, fornecendo respostas não compreendidas racionalmente. "

Fé e Razão - Tomás de Aquino


Tomás de Aquino viveu na época em que os conflitos entre fé e razão eram constantes.

Sua filosofia (tomismo) tinha o objetivo de defender as revelações do cristianismo através de um conjunto de argumentos convincentes. Esses argumentos eram bastantes procurados nos pensamentos aristotélicos. Dentre estes pensamentos, o que foi bastante enfatizado foi o de quanta importância tem a realidade sensorial, e , para destaca-la, ele determinou vários princípios básicos, como por exemplo:
-princípio de contradição: o ser é e não é. Não existe nada que possa ser e não ser ao mesmo tempo e sob o mesmo ponto de vista.
-princípio da substância: na existência dos seres podemos distinguir a substância ( a essência propriamente dita) e o acidente (a qualidade não-essencial, acessória do ser)
-princípio da causa eficiente: todos os seres que captamos pelos sentidos são seres contingentes, isto é, não possuem em si próprios, a causa eficiente. Portanto, para existir, o ser contingente depende de um outro ser que representa a sua causa eficiente: este outro ser é chamado de ser necessário.
-princípio da finalidade: todo ser contingente existe em função de uma finalidade, de um objetivo, de uma razão de ser. Enfim, todo ser contingente possui uma causa final.
-princípio do ato e da potência: todo ser contingente possui duas dimensões – o ato e a potência. O ato representa a existência atual do ser, aquilo que está realizado e determinado. A potência representa a capacidade real do ser, aquilo que não se realizou, mas pode realizar-se. È a passagem da potência para o ato que explica toda e qualquer mudança.

Fé e Razão - Santo Agostinho


Através da leitura de Cícero, Santo Agostinho se sentiu atraído pela filosofia.

Após aderir-se à filosofia, Agostinho foi influenciado pelo maniqueísmo, que é uma seita persa que afirmava que o universo era dominado por dois grandes princípios opostos, o bem e o mal, mantendo uma incessante luta entre si. Insatisfeito com as idéias maniqueístas, que entrou em profundo contato com o neoplatonismo a qual dizia que a verdade deveria ser buscada intelectualmente no mundo das idéias e que tinha como característica o ceticismo, cresceu em Agostinho uma profunda crise existencial e uma incessante busca pelo sentido da vida. Nesse período crítico, conheceu o Santo Ambrósio e ficou extremamente atraído por suas pregações.

Algum tempo depois, Agostinho aderiu-se ao cristianismo, defendendo a via do autoconhecimento, o caminho da interioridade, como instrumento legítimo para a busca da verdade.

Assim, a teoria agostiniana estabelece que todo conhecimento verdadeiro é o resultado de um processo de iluminação divina, que possibilita ao homem contemplar as idéias, arquétipos eternos de toda a realidade. Nesse tipo de conhecimento a própria luz divina não é vista, mas serve apenas para iluminar as idéias. Isso significa que, para Agostinho, a fé revela verdades ao homem de forma direta e intuitiva. Vem depois a razão esclarecendo aquilo que a fé já antecipou.